Onta ware: diferenças entre revisões

Fonte: Japanese Craftpedia Portal
 
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Edição atual desde as 04h27min de 7 de setembro de 2025

A cerâmica Onta é famosa pela sua cerâmica durável e decoração distinta com calhas deslizantes, criando padrões ousados ​​e rítmicos em formas simples e funcionais. Intimamente associada ao movimento mingei (artesanato popular), a cerâmica Onta reflete os valores duradouros de utilidade, produção comunitária e beleza rústica.

A cerâmica Onta (小鹿田焼, Onta-yaki) é uma forma tradicional de cerâmica japonesa produzida na aldeia de Onta e arredores, na província de Ōita, Kyushu. Fundada no início do século XVIII, esta cerâmica de arte popular foi designada como Importante Propriedade Cultural Imaterial do Japão e é celebrada pela sua elegância rústica e artesanato comunitário.

História

A cerâmica Onta surgiu durante o período Kyoho (1716-1735), introduzida por ceramistas da vizinha Koishiwara, como Sanemon Yanase, juntamente com Jubei Kuroki e proprietários locais, como a família Sakamoto. A produção teve início no início do século XVIII.

Em 1970, o artesanato foi reconhecido como "Bem Cultural Imaterial" pelo governo japonês e, em 1995, foi elevado ao estatuto de "Bem Cultural Imaterial Importante". Os seus tradicionais moinhos movidos a água, cujo som rítmico ecoa pelo vale, também estão listados entre as "100 Paisagens Sonoras" do Japão.

Características e estilo

A cerâmica Onta é feita com barro natural de origem local, proveniente das montanhas vizinhas. É tipicamente saudável, terroso e concebido para o uso diário — taças, pratos, chávenas de chá, jarras e jarras.

Decoração

As decorações utilizam principalmente técnicas de deslizamento e esmaltagem, incluindo:

  • Hakeme (marcas de pincel)
  • Tobikanna (marcas de vibração penteadas)
  • Padrões desenhados a dedo
  • Salpicos e gotejamentos de esmaltagem

Os desenhos são simples, funcionais e acolhedores — concebidos como ferramentas e não como belas-artes, em consonância com os ideais do movimento mingei (artesanato popular).

Processo de produção

  1. Preparação da argila – As rochas de argila extraídas localmente são moídas em pó por moinhos de água movidos a lenha (kara-usu) acionados pelo rio da aldeia. O pó é lavado, filtrado, seco e amassado.
  2. Formação – Os artesãos moldam vasos em rodas de choque tradicionais, operadas com os pés.
  1. Decoração – São aplicados escória e esmaltes naturais feitos de palha, cinza, cobre ou ferro. Técnicas decorativas como tobikanna e hakeme criam texturas características.
  2. Queima – Os recipientes são queimados num noborigama (forno trepador) de 8 câmaras a cerca de 1250 °C durante 36 a 55 horas. Os fornos são queimados apenas 4 a 5 vezes por ano. <ref name="takefuji" />
  3. Sustentabilidade – A aldeia limita a extracção de barro para preservar os recursos para as gerações futuras.<ref name="wiki" />

Comunidade e importância cultural

Em 2024, Onta mantinha cerca de dez famílias de oleiros geracionais — principalmente as linhagens Yanase, Kuroki e Sakamoto — transmitindo frequentemente competências de pai para filho.

As peças acabadas têm a marca da aldeia de Onta, e não de ceramistas individuais, enfatizando o artesanato comunitário.

O ritmo contínuo dos moinhos movidos a água contribui para a designação da aldeia como uma das "100 Paisagens Sonoras" do Japão.

Influências e reconhecimento notáveis ​​​​

  • Bernard Leach (1954) – O ceramista britânico visitou Onta, ensinando e aprendendo. As suas inovações em design permanecem visíveis em algumas cerâmicas modernas de Onta.
  • Movimento Mingei – Popularizado por Muneyoshi Yanagi, Shoji Hamada e Leach, celebrando o artesanato popular do dia-a-dia.

Utilização e distribuição

As cerâmicas de Onta criam peças robustas e utilitárias, resistentes e elegantes. Na aldeia, mantêm-se acessíveis, embora os preços sejam mais elevados nos mercados metropolitanos.

Os turistas podem visitar o Museu de Cerâmica de Onta e assistir a demonstrações ao vivo. A maioria das vendas ocorre diretamente dos fornos para as lojas de artesanato, com alguma distribuição em Tóquio e noutras cidades.

Referências

  • Wikipédia: "Onta Ware"
  • Visão geral do JTCO: origens e fundadores da Kyoho
  • Detalhes da TAKEFUJI sobre as técnicas e o evento de deslizamento de terras de 2017
  • Insights da ANA Travel sobre o processo e aspetos culturais
  • Comentários culturais e tácteis da RemioJapan
  • Notas da Japan Experience sobre a utilização e distribuição regional
  • QSR Mlit sobre a influência de Bernard Leach

Ligações externas