Mashiko ware: diferenças entre revisões

Fonte: Japanese Craftpedia Portal
 
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Edição atual desde as 04h03min de 7 de setembro de 2025

A cerâmica Mashiko é valorizada pelas suas formas robustas de grés e esmaltes naturais em tons quentes da terra. Abraçando a simplicidade e a utilidade, tornou-se um pilar do movimento mingei (artesanato popular) no século XX, celebrado pela sua beleza genuína, praticidade e ligação duradoura com a vida quotidiana.

A cerâmica Mashiko (益子焼, Mashiko-yaki) é um tipo de cerâmica japonesa produzida na cidade de Mashiko, na província de Tochigi, no Japão, e arredores. Conhecida pela sua simplicidade rústica, esmaltes naturais e formas robustas, a cerâmica Mashiko tornou-se um dos exemplos mais reconhecidos de cerâmica Mingei (artesanato popular) no Japão.

História

A produção de cerâmica em Mashiko começou em 1853, quando um oleiro da vizinha Kasama, Keisaburō Ōtsuka, montou um forno na região. A argila encontrada em Mashiko revelou-se altamente trabalhável e adequada para utensílios do dia-a-dia, levando ao crescimento da indústria cerâmica na região.

Originalmente, os utensílios de Mashiko eram feitos principalmente para fins utilitários — frascos de armazenamento, recipientes para água, recipientes para conserva e utensílios de mesa do dia-a-dia. Estes artigos eram vendidos localmente e para as prefeituras vizinhas.

No século XX, os utensílios de Mashiko tornaram-se internacionalmente conhecidos graças à influência de Shōji Hamada (1894-1978), uma figura de destaque no movimento Mingei. Hamada estabeleceu-se em Mashiko em 1924, onde trabalhou para reavivar as técnicas tradicionais e promover o valor da cerâmica artesanal. O seu trabalho, juntamente com o de outros ceramistas, atraiu a atenção mundial para Mashiko como cidade produtora de cerâmica.

Características

As cerâmicas de Mashiko são conhecidas por:

  • Argila local: A argila de Mashiko contém um elevado teor de ferro, produzindo um tom quente e terroso após a cozedura.
  • Esmaltes naturais: Os esmaltes comuns incluem o cinzento (nami-jiru), o kaki (castanho-caqui), o namako (cinza-azulado) e o engobe branco.
  • Simplicidade rústica: As formas são tipicamente robustas e despretensiosas, reflectindo a estética do artesanato popular.
  • Natureza artesanal: Mesmo nos tempos modernos, grande parte da cerâmica de Mashiko é feita à mão na roda de oleiro.

O processo de queima utiliza tradicionalmente fornos trepadeiras (noborigama), embora os fornos elétricos e a gás sejam atualmente comuns.

Mashiko Hoje

Mashiko continua a ser uma próspera cidade oleira, com mais de 400 fornos e oficinas. Acolhe a Feira de Cerâmica de Mashiko duas vezes por ano (primavera e outono), atraindo milhares de visitantes do Japão e do estrangeiro. Muitos ceramistas contemporâneos em Mashiko equilibram a tradição e a inovação, criando tanto peças utilitárias clássicas como peças artísticas modernas.

A cidade alberga também o Museu de Arte Cerâmica de Mashiko, que preserva o legado de Shōji Hamada e expõe obras de ceramistas de todo o mundo.

Ceramistas Notáveis ​​​​

  • Shōji Hamada – Tesouro Nacional Vivo, figura-chave do movimento Mingei.
  • Tatsuzō Shimaoka – Aluno de Hamada, agraciado com o título de Tesouro Nacional Vivo em 1996.
  • Inúmeros artesãos contemporâneos que levam avante as tradições de Mashiko.

Ver também

Referências

  1. Cort, Louise Allison. Shōji Hamada: A Potter’s Way and Work. Kodansha International, 1979.
  2. Site oficial do Museu de Arte Cerâmica de Mashiko.
  3. Organização Nacional de Turismo do Japão: Mashiko Pottery.